Série: Mini-cenários UML | Introdução > Desenvolvido durante o Mestrado em Projetos de Sistemas Web
Antes de mergulharmos na série com quatro minicenários — Classificados Web, Controle de Bolão, Gestão de Estacionamento e Controle de Obras — vale uma pausa para entender como escolhemos representar esses sistemas.
A resposta: UML — Linguagem de Modelagem Unificada.
Não usamos UML porque está na moda. Usamos porque ela força precisão, evita ambiguidades e acelera a tomada de decisão.
Se uma imagem vale mais que mil palavras, um diagrama UML vale mais que cem idas e voltas.
Em todos os cenários da série, usamos UML como ferramenta comum de modelagem. Isso garante que qualquer pessoa consiga rapidamente entender o sistema, identificar onde está a complexidade e discutir decisões relevantes — mesmo sem contexto prévio.
Este post é o ponto de partida: apresenta os tipos de diagramas e notações que usaremos ao longo da série.
O Que a UML Traz Para o Jogo
UML não é uma metodologia. Ela não dita como construir seu sistema. Em vez disso, oferece uma caixa de ferramentas de diagramas para expressar o sistema por diferentes perspectivas.
Aqui estão os dois principais tipos que usaremos na série:
Diagramas de Casos de Uso
Presentes nos quatro minicenários, esses diagramas respondem à pergunta: O que os usuários podem fazer no sistema?
- Atores (bonecos): representam pessoas ou sistemas que interagem com o sistema.
- Casos de uso (elipses): representam funcionalidades oferecidas.
- Associações (linhas): conectam atores aos casos de uso.
- «include»: indica que um caso sempre chama outro. (ex: “Publicar Anúncio” inclui “Cadastrar Contato”)
- «extend»: representa lógica opcional ou condicional. (ex: “Anúncio Destaque” estende “Manter Anúncio”)
Esse tipo de diagrama é ideal para alinhar requisitos com stakeholders. Não é técnico demais — é sobre entendimento comum.
Diagramas de Classes
Usados no cenário de Classificados Web, descrevem a estrutura de dados e os relacionamentos do sistema.
- Classes (retângulos): representam entidades como
Anúncio
,Usuário
,SeçãoInteresse
. - Atributos: dados mantidos por cada classe (ex:
email: String
). - Métodos: comportamentos do sistema (ex:
adicionarInteresse()
). - Associações:
1
,0..1
,0..*
: multiplicidade (ex: um anúncio pode pertencer a várias seções).- Setas: indicam direção e posse da relação.
- Herança: como
AnúncioDestaque
herdando deAnúncio
.
Esses diagramas são essenciais para modelagem de domínio, banco de dados e refinamento da arquitetura.
Por Que Usamos UML Nesses Casos
A verdade é simples: diagramas sem padrão criam silos.
Quando bem aplicada, a UML:
- Acelera onboarding
- Torna reuniões mais produtivas
- Conecta tech com produto
- Documenta sistemas sem virar textão
Não é necessário usar todos os tipos de diagrama, nem ferramentas sofisticadas. Basta seguir a notação e lógica. Até um rascunho no papel pode ser claro se usar os conceitos da UML.
O Que Vem a Seguir
Nos próximos quatro posts, vamos abordar:
- Um sistema de classificados online com anúncios pagos e seções de interesse
- Um gerenciador de bolões de loteria
- Um sistema de controle de obras com histórico de preços e comparações
- Um estacionamento com impressão de ticket e controle de faturamento
Todos com o mesmo modelo: diagrama de casos de uso para comportamento, e quando necessário, diagrama de classes para estrutura.
Começar com UML é garantir que qualquer leitor consiga acompanhar o raciocínio — mesmo sem nunca ter visto o projeto antes.
Navegação da Série
- Atual: Introdução - Por que UML Ainda Importa
- Próximo: Parte 1 - Classificados Web
- Série completa: Classificados Web | Controle de Bolão | Controle de Obras | Estacionamento
Fique ligado.