O James Shore iniciou a sua apresentação as 09:10 falando sobre como se envolveu em um primeiro projeto utilizando FDD, com várias práticas que envolviam o cliente e protótipos e após várias entrega o projeto foi ENCERRADO, e uma coisa que ele percebeu pela primeira vez foi como mesmo inertes na realização de práticas ágeis, sem a devida evolução cultural, acabamos e continuamos nos preocupando com os pontos não tão importantes, deixando a preocupação de onde vem o dinheiro por exemplo de fora. Não adianta construir rapidamente a coisa errada.
O projeto magicamente recebeu novos recursos, e após tal período de amargura tudo mudou! Segundo James, este baque os fez perceber e os incentivou a realizar constantes questionamentos sobre oque fazer, quanto valor o que se estava entregando gerava, mas mesmo assim, pode-se continuar criando o produto errado. Acontece que se todos não tiverem sofrido e evoluído juntos, podemos continuar com as pessoas MENTINDO, ou elas não sabem oque querem e não se preocupam que o seu achismo não vá no caminho correto. Projetos bons são aqueles que lhe fazem aprender mais e vislumbrar possibilidades que antes eram invisíveis.
Após este projeto houveram outros em alguns com propostas de mudança para novos paradigmas como XP, a qual ele rejeitou de cara! Pair programming isto é muito ridículo, design evolutivo isto com toda certeza não iria funcionar, lembrem-se que naquela época 1999 tudo era muito grande no início(BDUF). Mas com o passar do tempo novas ideias foram fluindo, e a aplicação destas práticas geravam várias alterações que trouxeram muito benefício, mesmo tendo parecidas ingênuas no inicio. E a partir deste momento até os dias atuais o James Shore continua ensinando Agile até hoje.
E aí surgem idéias como as do Artisanal Retro-Futurism crossed with Team-Scale Anarcho-Syndicalism (http://arxta.net/) que falam sobre dar valor as nossas habilidades, de forma disciplinada, com tudo necessário acessível de forma fácil, onde se possa aproveitar e realmente gostar do que se faz. Pensar sobre como conseguir estas coisas é oque o James Shore trouxe a partir daqui.
Para o James Shore aprender linguagens e criar fluência nestas pode ser muito importante e em vivência semelhantes que se seguem, desta forma ele apresentou um conjunto de níveis apresentados pela http://www.languagehunters.org/, que te ensina fluência desde níveis como tarzan em uma festa, até Charlie Rose na festa. Estes níveis parecem muito positivos pois a excelência aflora e se torna comum, e assim ele pensou em introduzir na forma de organizar e aprender metodos ágeis, mas foi além disso criando um modelo de se crescer naturalmente.
Há três meses atrás o James lançou este modelo, e esta foi a primeira vez que o James o apresentou em um grande evento público, você pode usá-lo e vê-lo em, http://martinfowler.com/articles/agileFluency.html.
O modelo se inicia por código sendo criado, neste ponto o James passou a elucidar a aplicação do modelo em um projeto em que ele se apresentou como consultor e onde vários níveis foram criados e o time foi envenenado por um gerenciamento prejudicial com vários conflitos. Não havia como seguir em frente em um ambiente como este, todos se acusavam, não se entregava código há dois anos. Existiam duas formas demitir todos e terceirizar, mas quem deseja que seu produto seja feito por um terceiro, ou começar do inicio e foi isso que foi feito. Se iniciou o projeto com um repositorio novo, e novo código foi sendo desenvolvido.
O segundo passo no modelo e onde se ganha o primeiro ponto de fluência, foi moldado por alterações diretas na cultura do time, o que os levou a ter mais foco no valor, em entregar o necessário e compartilhar estas decisões.
O terceiro passo fundamentou-se com a melhoria de habilidades do time, como refatorações e clean code entre outros que os fizeram passar a vivenciar as entregas sucessivas, com cadência e frequência após 9 meses.
O quarto passo começou-se a trabalhar com mudanças estruturais na empresa, onde o time começou a tomar decisões mais profundas e participar de decisões mais altas e realmente otimizar o valor que se entrega.
Por fim se alterou a cultura organizacional e a fluência em se entregar de forma excelente software com boas decisões e retorno ao criado, trabalhando não só a vivência pontual das equipes mas de todas os setores da empresa foram sendo conquistados.
Este crescimento aconteceu muito rapidamente mas com uma progressão natural, não só apresentando mas realmente particionando a vivência de realmente melhorar, de entregar não só valor, mais o maior valor possível! Excelente não?
O James shore se apresentou como um amante de bom código, e uma coisa que ele acha incrível é como grandes empresas não se importam com isso, e tem um péssimo código, que os trava em melhorar suas entregas, de forma que eles não conseguem realmente alcançar as mudanças no negócio necessários, e aqui está realmente o valor da equipe, e enquanto todos conseguem satisfazer seus clientes, você passa a só entregar fora do tempo de mercado. Então ambos estão diretamente ligados e por isso o crescimento das habilidades da equipe não podem ser esquecidos quando falamos de agilidade. Mas não só isso, se as pessoas do seu time e você não estiverem preocupado com o sucesso das pessoas, elas vão acabar procurando outros que o façam. E estes itens são indispensáveis para a melhoria e atingir uma real excelência. “Bons negócios formam uma empresa, a tecnologia ruim mata a empresa e cola de isto tudo são as pessoas”.
Para o James não deve ser o objetivo de todos atingir as 4 estrelas, por que as empresas são diferentes e possuem recursos diferentes, e equipe diferente, e todos estes níveis provêem grande vantagem sobre os outros e fluência em algum destes já o faz melhor ainda do que já é. Uma estrela lhe faz fluente em Fundamentos Ágeis, com a segunda estrela você atingiu uma sustentabilidade Agil, a terceira é uma promessa Agile, e por fim o futuro do ágil. Mas novamente sua empresa deve buscar o crescimento mas o objetivo não deve ser realmente mais ágil mas sim usá-la a teu favor.
Mas como sabemos onde estamos, para avaliarmos se o próximo passo é onde queremos estar? Que tal métricas? Então quem sabe depois de encontrar todo este caminho para a qualidade possamos realmente agradecer e ter certeza que estamos trabalhando nos melhores lugares no melhor momento de nossas vidas!!