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Meu Kit Git: Os Atalhos e Ajustes Que Me Fizeram Melhor

Descubra os aliases, scripts e configurações que transformaram meu fluxo Git de lento e doloroso para rápido e fluido—aprenda como pequenas customizações se transformam em grandes ganhos de produtividade

Ferramentas Refletem Hábitos

Dado todo este tempo que estamos usando git+github aqui na RBS, eu já tinha usado Git o suficiente para perceber uma coisa: meu problema não era só com os comandos em si. Era com a fricção. Com digitar demais, mudar de contexto o tempo todo, e perder foco. Eu não usava Git “errado”—eu usava devagar.

Comecei a buscar formas de reduzir essa fricção. Como qualquer usuário frequente de terminal, fui ajustando meu setup. Criei aliases. Escrevi scripts. Tornei o ambiente mais parecido com a minha cabeça. Foi aí que tudo encaixou. O Git deixou de ser uma ferramenta para virar extensão da minha maneira de pensar.

O que compartilho aqui é meu kit pessoal: aliases, hábitos e configurações que me acompanham até hoje — muitos deles estão nos meus dotfiles: helmedeiros/dotfiles.

Não é sobre truques espertos. É sobre poupar segundos que viram horas. E tornar o caminho certo também o mais fácil.

Aliases Que Uso Todo Dia

O primeiro grande ganho foi reduzir comandos repetitivos. Digitar git status cem vezes por dia é castigo. Minha solução?

alias gs='git status'
alias ga='git add'
alias gc='git commit'
alias gco='git checkout'
alias gb='git branch'
alias gd='git diff'

Esses comandos viraram memória muscular. Coloquei tudo no meu shell, e logo comecei a encadear os comandos sem pensar.

Meu fluxo básico virou:

gs
gd
ga -p
gc -m "Corrige erro de digitação na mensagem de validação"
AliasComando CompletoDescrição
gsgit statusMostra o status do repositório
gagit addAdiciona mudanças para staging
gcgit commitFaz commit das mudanças staged
gcogit checkoutMuda de branch ou arquivo
gbgit branchLista ou manipula branches
gdgit diffMostra diferenças nos arquivos

Pode parecer pouco. Mas isso criou fluidez. Minhas mãos ficaram no teclado. Minha mente ficou no código.

Tornando o Git Mais Inteligente

Além de economizar teclas, comecei a ensinar o Git a pensar como eu. Criei comandos compostos e scripts para fluxos mais complexos.

Alguns exemplos dos meus dotfiles:

alias gclean='git branch --merged | grep -v "\*" | xargs -n 1 git branch -d'
alias gundo='git reset --soft HEAD~1'
alias gfixup='git commit --fixup=HEAD && git rebase -i --autosquash HEAD~2'
AliasDescrição
gcleanRemove branches já mescladas
gundoDesfaz o último commit com soft reset
gfixupCria fixup commit e faz autosquash no rebase interativo

Esses atalhos me deram segurança para experimentar e velocidade para corrigir.

Também construí fluxos com git stash, git log --oneline e git rebase -i.

Cada alias removia um obstáculo. Não do Git, mas meu. Do atrito de pensar demais para digitar algo longo ou mudar de contexto.

Meu .gitconfig e .zshrc viraram lugares onde invisto uma vez e ganho tempo todo dia.

Customizar é Criar Fluidez

Se você digita o mesmo comando Git longo várias vezes por dia—pare. Automatize. Crie um alias. Escreva um script.

Produtividade nem sempre vem de aprender algo novo. Às vezes, vem de adaptar o que você já usa.

Hoje, abrir o terminal é confortável. Meu Git não só suporta meu fluxo—ele acelera. Isso é fruto do kit que fui refinando com o tempo.

Cada um tem seus próprios atritos. Observe os seus. Anote. Resolva um por um, com pequenos atalhos.

E se quiser ver como está meu setup hoje: helmedeiros/dotfiles.