Development

Dotfiles 2019: De Volta ao Pessoal

Reconquiste seu ambiente de desenvolvimento pessoal através de simplificação proposital—removendo recursos orientados a equipe para criar um setup de terminal rápido, focado e profundamente pessoal

Depois da Configuração Compartilhada, o Retorno ao Essencial

Em 2018, ajustei meus dotfiles para funcionar melhor em equipe. Criei um common.zsh, adicionei comentários amigáveis e tentei deixar tudo mais compartilhável.

Mas este ano, eu senti falta de algo: a velocidade e a precisão de um terminal feito só pra mim.

Então tomei uma decisão: simplificar. Recuperar só o que eu realmente usava. Eliminar tudo que existia só para servir a um público que eu não precisava mais atender.

Essa atualização foi exatamente sobre isso.

Removendo o common.zsh: Uma Subtração Intencional

A mudança mais marcante? Deletei o common.zsh.

Não porque algo quebrou — mas porque ele não servia mais meu fluxo de trabalho. Eu não estava mais onboardeando ninguém. Estava resolvendo problemas diferentes, em projetos novos, e precisava que os dotfiles não atrapalhassem.

Com o fim do common.zsh, refoquei toda a configuração dentro do .zshrc.symlink, com includes diretos e intencionais:

source "$ZSH/exports.zsh"
source "$ZSH/aliases.zsh"
source "$ZSH/functions.zsh"
AntesDepois
Includes indiretosIncludes explícitos
Foco no compartilhadoFoco no pessoal
Mais flexívelMais deliberado

Essa mudança tornou tudo mais fácil de depurar — e de manter sob meu controle.

Padrões Inteligentes, Não Mais Complexos

Não adicionei mais aliases ou funções. Cortei.

Mas os que ficaram tinham propósito:

alias gst='git status'
alias gco='git checkout'
alias gcm='git commit -m'

Eles refletem meu fluxo real de trabalho.

E mantive os recursos de segurança essenciais:

alias cp='cp -i'
alias mv='mv -i'
alias rm='rm -i'
AliasFinalidade
gstGit status rápido
gcoTrocar de branch
gcmCommit com mensagem
rm -iEvitar deleções acidentais

Menos tentativa e erro. Mais memória muscular.

PATH e Exports Mais Limpos

Uma melhoria importante: limpei a forma como gerencio o PATH.

export PATH="$HOME/bin:$PATH"

Só isso.

Removi os exports antigos para Ruby, Node, Python e outros. Esses ambientes agora são gerenciados por projeto com ferramentas como asdf ou direnv. Onde a configuração deve estar: no projeto, não no shell.

AntesDepois
PATH global por linguagemAmbiente por projeto
Shell que tenta tudoShell só pronto para uso

Confiança: confio que cada projeto configure o que precisa. Meu shell só precisa estar pronto.

Prompt Minimalista, Ainda Meu

Nada mudou no prompt. Ainda uso vcs_info, ainda rápido, ainda silencioso:

autoload -Uz vcs_info
precmd() { vcs_info }
PROMPT='%n@%m %1~ ${vcs_info_msg_0_}%# '

Não toquei porque funciona. Um bom prompt desaparece e te deixa focar no que interessa.

Um Setup Que Voltou a Ser Meu

A atualização dos dotfiles em 2019 não foi chamativa. Foi um suspiro. Um retorno a um shell que reflete meu jeito de trabalhar — e não o que eu achava que os outros precisavam.

Me ajudou a:

  • Começar o dia mais rápido
  • Evitar sobrecarga desnecessária
  • Reduzir fricção ao depurar problemas
  • Sentir que estou em casa em qualquer máquina

Esse é o objetivo.

Veja o diff no GitHub