Depois da Configuração Compartilhada, o Retorno ao Essencial
Em 2018, ajustei meus dotfiles para funcionar melhor em equipe. Criei um common.zsh
, adicionei comentários amigáveis e tentei deixar tudo mais compartilhável.
Mas este ano, eu senti falta de algo: a velocidade e a precisão de um terminal feito só pra mim.
Então tomei uma decisão: simplificar. Recuperar só o que eu realmente usava. Eliminar tudo que existia só para servir a um público que eu não precisava mais atender.
Essa atualização foi exatamente sobre isso.
Removendo o common.zsh
: Uma Subtração Intencional
A mudança mais marcante? Deletei o common.zsh
.
Não porque algo quebrou — mas porque ele não servia mais meu fluxo de trabalho. Eu não estava mais onboardeando ninguém. Estava resolvendo problemas diferentes, em projetos novos, e precisava que os dotfiles não atrapalhassem.
Com o fim do common.zsh
, refoquei toda a configuração dentro do .zshrc.symlink
, com includes diretos e intencionais:
source "$ZSH/exports.zsh"
source "$ZSH/aliases.zsh"
source "$ZSH/functions.zsh"
Antes | Depois |
---|---|
Includes indiretos | Includes explícitos |
Foco no compartilhado | Foco no pessoal |
Mais flexível | Mais deliberado |
Essa mudança tornou tudo mais fácil de depurar — e de manter sob meu controle.
Padrões Inteligentes, Não Mais Complexos
Não adicionei mais aliases ou funções. Cortei.
Mas os que ficaram tinham propósito:
alias gst='git status'
alias gco='git checkout'
alias gcm='git commit -m'
Eles refletem meu fluxo real de trabalho.
E mantive os recursos de segurança essenciais:
alias cp='cp -i'
alias mv='mv -i'
alias rm='rm -i'
Alias | Finalidade |
---|---|
gst | Git status rápido |
gco | Trocar de branch |
gcm | Commit com mensagem |
rm -i | Evitar deleções acidentais |
Menos tentativa e erro. Mais memória muscular.
PATH e Exports Mais Limpos
Uma melhoria importante: limpei a forma como gerencio o PATH.
export PATH="$HOME/bin:$PATH"
Só isso.
Removi os exports antigos para Ruby, Node, Python e outros. Esses ambientes agora são gerenciados por projeto com ferramentas como asdf
ou direnv
. Onde a configuração deve estar: no projeto, não no shell.
Antes | Depois |
---|---|
PATH global por linguagem | Ambiente por projeto |
Shell que tenta tudo | Shell só pronto para uso |
Confiança: confio que cada projeto configure o que precisa. Meu shell só precisa estar pronto.
Prompt Minimalista, Ainda Meu
Nada mudou no prompt. Ainda uso vcs_info
, ainda rápido, ainda silencioso:
autoload -Uz vcs_info
precmd() { vcs_info }
PROMPT='%n@%m %1~ ${vcs_info_msg_0_}%# '
Não toquei porque funciona. Um bom prompt desaparece e te deixa focar no que interessa.
Um Setup Que Voltou a Ser Meu
A atualização dos dotfiles em 2019 não foi chamativa. Foi um suspiro. Um retorno a um shell que reflete meu jeito de trabalhar — e não o que eu achava que os outros precisavam.
Me ajudou a:
- Começar o dia mais rápido
- Evitar sobrecarga desnecessária
- Reduzir fricção ao depurar problemas
- Sentir que estou em casa em qualquer máquina
Esse é o objetivo.