Development

Dotfiles 2021: Preparando Para Escalar a Mim Mesmo

Transforme seu ambiente de desenvolvimento pessoal em um sistema escalável e portável—com clareza de bootstrap, estrutura simplificada e compartilhamento sem atrito

Dois Anos Depois, Mesmas Ferramentas, Nova Intenção

Em 2021, eu não adicionei muitas funcionalidades aos meus dotfiles — mas mudei a forma como os usava.

Duas coisas mudaram: o trabalho remoto se tornou padrão, e meu setup pessoal começou a ser copiado com mais frequência — por colegas, colaboradores ou apenas entre máquinas minhas.

Então eu quis deixar uma coisa clara: esse sistema precisava escalar a mim. Isso significava menos bagunça, menos mágica e mais repetibilidade.

Essa atualização é silenciosa. Mas cheia de propósito.

Introduzindo bootstrap.zsh: Comece Com Clareza

A principal adição desse ciclo foi um novo arquivo: bootstrap.zsh.

Sua função? Encapsular todo o bootstrapping do ambiente em um único lugar. Nada de aliases, nada de funções — apenas o que prepara o ambiente para o restante funcionar.

# bootstrap.zsh
export DOTFILES="$HOME/.dotfiles"
export PATH="$HOME/bin:$PATH"

Esse arquivo deixou o .zshrc.symlink mais limpo, mais focado, e mais fácil de entender.

ArquivoResponsabilidade
.zshrc.symlinkApenas faz os includes
bootstrap.zshDefine variáveis de ambiente
aliases.zshLógica de atalhos (ainda leve)

Deu ao repositório uma sensação de intenção renovada.

Reescrevi o .zshrc.symlink para ser praticamente vazio:

source "$DOTFILES/bootstrap.zsh"
source "$DOTFILES/aliases.zsh"
source "$DOTFILES/functions.zsh"

Sem lógica. Sem condicionais. Apenas includes.

Essa separação tornou trivial debugar ou reutilizar pedaços individualmente. Quer só o aliases.zsh em uma VM descartável? Fácil. Quer testar o bootstrap em uma máquina limpa? Vai fundo.

Reconfirmando Prioridades: Simplicidade e Portabilidade

Com mais setups remotos e vários laptops em uso, portabilidade passou a importar mais.

Essa atualização não adicionou complexidade — removeu suposições. Nada de paths com nome de usuário, ajustes por host ou lógica específica por máquina.

Tudo parte de $DOTFILES. Tudo assume o caminho mais simples.

export PATH="$HOME/bin:$PATH"

Essa linha diz mais do que parece. Ela diz: “não preciso de um framework — só preciso não tropeçar em mim mesmo.”

Um Shell Que Inicia Rápido e Pensa Menos

Não mexi no prompt. Ainda é vcs_info, ainda silencioso, ainda meu:

autoload -Uz vcs_info
precmd() { vcs_info }
PROMPT='%n@%m %1~ ${vcs_info_msg_0_}%# '

O que eu fiz foi remover lógica de runtime que não precisava rodar a cada boot. Bootstrap é sobre preparar — depois que funciona, o terminal só precisa carregar rápido.

Menos condicionais. Menos caminhos alternativos. Mais confiança de que tudo simplesmente funciona.

Sem Reinvenção. Apenas um Reboot Cuidadoso.

Não tem fogos de artifício nesse post. Nenhuma nova ferramenta incrível ou CLI obscura. Apenas uma reconstrução cuidadosa da fundação.

2021 foi sobre:

  • Compartilhar meu setup sem atrito
  • Reinicializar máquinas com facilidade
  • Separar lógica para melhor reutilização
  • Escalar o que funciona — e abandonar o que não precisa

Veja o diff no GitHub