Por que Criamos
Começar um novo trabalho pode ser uma mistura de empolgação e ansiedade. Os primeiros dias moldam como alguém vai contribuir, se conectar e crescer dentro de um time. E ainda assim, a maioria dos onboardings é engessada ou praticamente inexistente. Na Monetization Tribe, queríamos fazer melhor.
A gente não queria uma checklist. Queríamos uma conversa. Não queríamos um roteiro. Queríamos conexão.
Foi por isso que criei o Connecting Onboard: uma estrutura de onboarding pensada para times remoto-first, feita para alinhar expectativas, construir segurança psicológica e criar jornadas personalizadas para cada nova pessoa.
Usamos pela primeira vez no início de 2021. Desde então, virou nossa prática padrão para toda nova contratação—não importa de onde a pessoa venha.
O que é o Connecting Onboard?
Connecting Onboard é uma sessão facilitada com Figjam (ou quadro branco) para descobrir o que realmente importa nas primeiras semanas de alguém:
- O que essa pessoa precisa para se sentir segura?
- Que tipo de apoio ajuda no crescimento?
- Quais são suas preferências sobre colaboração, comunicação e aprendizado?
Em vez de presumir, a gente pergunta. Depois, criamos um plano de onboarding personalizado com participação de todo o time.
Essa prática funciona tanto remoto quanto presencial. Serve para times em crescimento, empresas maiores com squads interdependentes, ou times pequenos construindo uma base sólida juntos.
Quando Usamos
Rodamos uma sessão do Connecting Onboard em dois momentos principais:
- Na chegada de qualquer nova pessoa ao time
- Quando o time passa por mudanças e precisa realinhar expectativas (ex: novo gerente, mudança de estrutura)
É especialmente útil quando:
- As pessoas estão remotas ou em fusos diferentes
- Não há uma rotina presencial de onboarding
- Queremos evitar ruídos, desalinhamentos e fricções desnecessárias
A Estrutura em 3 Etapas
Cada sessão é dividida em três partes principais, inspiradas pelos princípios de segurança, autonomia e desenvolvimento. Normalmente leva 90 minutos com um quadro Figjam preparado.
1. Make People Awesome
Aqui a gente compartilha expectativas. A nova pessoa explica como enxerga seu papel, e o time compartilha o que espera ou deseja ver. É o momento de nomear suposições—antes que virem mal-entendidos silenciosos.
“Você não está aqui para nos impressionar. Está aqui para fazer parte.”
Dividimos os cards:
- Roxo: a nova pessoa escreve expectativas e dúvidas
- Azul: o time (buddy, gestor) adiciona seus recados
Depois lemos tudo, discutimos cada ponto, e criamos alinhamento.
2. Make Safety a Prerequisite
Agora falamos sobre pontos fortes, inseguranças e áreas onde a pessoa precisa de apoio. A segurança psicológica começa aqui—não só com discurso, mas com visibilidade e escuta.
Cada pessoa escreve:
- O que traz de valor para o time
- O que gostaria de aprender ou melhorar
Usamos cards laranja (nova pessoa) e verde (time). Depois lemos e discutimos com a pergunta:
“Como podemos apoiar essa pessoa de forma honesta e prática?”
3. Áreas de Cultivo e Suporte
Por fim, cocriamos um plano de onboarding personalizado.
Listamos sistemas, pessoas e tópicos que a nova pessoa deve explorar. Depois, ela escolhe o que faz mais sentido—com base no que mais anima ou onde sente mais dúvidas.
O time então se voluntaria para guiar as sessões e distribui os temas em um calendário compartilhado. Cada um assume a responsabilidade de ajudar.
Não é só boas-vindas—é um compromisso real.
Ferramentas e Templates
- Template Figjam - Connecting Onboard
- Funciona com qualquer quadro digital (Figjam, Miro) ou fisicamente com marcadores e post-its
Por que Funciona
Porque onboarding não é sobre logística. É sobre pertencimento. Não é sobre ser “rápido”. É sobre ser claro e intencional.
Com o Connecting Onboard:
- Ninguém entra sozinho
- As expectativas são ditas, não presumidas
- O crescimento começa no primeiro dia
E o mais importante: transforma onboarding no que ele deveria ser. Uma via de mão dupla.
Quer Rodar no Seu Time?
Quer ajuda para conduzir sua primeira sessão? Fala com a gente—temos dicas, exemplos de quadros e boas práticas de facilitação para compartilhar.