Crescendo sem Reescrever as Regras
Em meados de 2022, nosso time teve algo que não acontecia fazia um tempo: uma nova contratação. Estávamos crescendo de novo.
Naquele momento, éramos seis engenheiros—três backend, um full-stack e dois frontend. E Santhosh Balakrishnan estava se juntando como nosso segundo frontend engineer. Já fazia quase um ano desde a última contratação.
Desde o início de 2021, vínhamos usando um processo de onboarding remoto. Contratamos um engenheiro full-stack em janeiro, um frontend em setembro, e estruturamos tudo para colaboração digital desde o início.
Mesmo com o escritório reaberto, não mudamos nossa abordagem. Sabíamos o que funcionava para nós: uma estrutura remote-first, com rituais bem definidos, processos assíncronos e muita confiança.
A Base Já Estava Pronta
Isso era o mais importante.
Durante a pandemia, nossa antiga gerente Iryna Kulakova fez um trabalho incrível criando essa base. Junto com ela—e com o esforço coletivo do time—conseguimos manter foco, clareza e consistência.
Mais tarde, em 2021, depois de alguns meses de experimentação e aprendizado em conjunto, assumi o papel de gerente de engenharia em setembro. E a partir daí, continuamos evoluindo o que já havíamos começado:
- Entregamos produtos fintech que traziam tranquilidade para quem viajava.
- Reforçamos a estratégia de precificação que sustentaria o crescimento da Omio.
- Construímos confiança, empatia e autonomia como parte da nossa rotina.
Esse tipo de clareza não vem de processos formais. Ela nasce da experiência compartilhada.
Quando Santhosh entrou, não tivemos que reinventar nada. Ele estava se juntando a um time que já tinha seus rituais, ferramentas e princípios bem definidos—e que sabíamos continuaríamos evoluindo juntos.
A Experiência do Connecting Onboard
Não foi só adicionar o Santhosh no Slack e entregar uma lista de tarefas.
Rodamos nossa sessão de Connecting Onboard—uma estrutura que criei dentro da tribo de Monetização. Ela é estruturada, adaptável e centrada nas pessoas.
Usando um quadro no Figjam, exploramos:
- Como cada pessoa prefere se comunicar.
- Que tipo de apoio o novo colega espera.
- O que significa crescimento para ele.
- Como podemos criar segurança psicológica desde o início.
Um dos engenheiros do time se voluntariou como buddy—alguém que queria aprender ajudando, e crescer apoiando o outro.
Juntos, construíram o onboarding semana a semana, com expectativas claras e colaboração contínua.
Um Início Presencial, com Cultura Remota
Com minha experiência na ThoughtWorks, eu sabia do valor de um começo presencial. Por isso, trabalhei com a empresa para que o Santhosh pudesse passar duas semanas em Berlim.
Coincidiu com o Spark 2022, nosso primeiro grande evento presencial pós-lockdown. Novo escritório. Muita energia. As caras por trás dos perfis no Slack. Foi o momento ideal.
Mas mesmo assim, mantivemos nossa cultura remote-first:
- Cada um participava das reuniões pelo próprio laptop.
- Slack e Confluence continuaram sendo nossa fonte de verdade.
- As facilitações e cerimônias seguiram inclusivas, estruturadas e amigáveis ao formato assíncrono.
A presença física foi valiosa. Mas não mudamos os princípios—reforçamos nossa cultura.
O Feedback que Importa
Algumas semanas depois, Santhosh disse algo que ficou comigo:
“Nunca me senti tão bem recebido em um onboarding. Desde o primeiro dia eu sabia como contribuir—e tive o apoio para isso.”
Esse tipo de feedback valida tudo. Não é preciso estar na mesma sala para ser visto, guiado e apoiado. Só é preciso intenção.