Leadership

Ambiente Respeitoso – De Inclusão à Equidade

Vá além de "tratar todos iguais" para criar ativamente equidade, segurança psicológica e pertencimento—através de conversas honestas e liderança intencional

Além da Igualdade: Construindo um Ambiente Realmente Respeitoso e Equitativo

Construir um ambiente respeitoso não é sobre checar listas. É sobre fazer o trabalho profundo de entender sistemas, histórias e vivências — e assumir, como líderes e colegas, o compromisso com a equidade acima do conforto.

O treinamento “Ambiente Respeitoso” da Omio reforçou que respeito não é neutro. Ele exige curiosidade, humildade e intenção. Não basta “tratar todo mundo igual” — é preciso fazer o que for necessário para apoiar cada pessoa a partir do seu contexto. Essa diferença é a essência da equidade.

Um dos primeiros temas foi a interseccionalidade — a forma como raça, gênero, classe, sexualidade, deficiência e outras identidades se sobrepõem e moldam como alguém vivencia o mundo. Como líderes, temos a responsabilidade de entender como essas identidades influenciam a percepção de segurança, oportunidade e pertencimento.

Equidade é reconhecer que nem todo mundo parte do mesmo ponto. Políticas que parecem “justas” na superfície muitas vezes impactam de forma desigual quem tem menos acesso, menos privilégios ou menos rede de apoio. Liderar com empatia é aprender o que não sabemos — e escolher escutar em vez de presumir.

Falamos também sobre diferenças culturais — não de forma superficial, mas com profundidade sobre como valores como tempo, hierarquia, expressividade e espaço pessoal se manifestam em times diversos. Cultura não é só origem geográfica. É tudo o que alguém precisou adaptar para ser aceito.

Essa sessão me fez refletir sobre situações em que interpretei mal um colega, não por conflito direto, mas por diferença de referência. Ambientes respeitosos não são aqueles onde evitamos o desconforto — são os que nos convidam a enfrentá-lo com abertura.

A linguagem foi outro tema central. O poder das palavras, do tom e da escolha de termos é enorme. Usar linguagem inclusiva não é “politicamente correto” — é segurança psicológica. Palavras podem abrir portas ou manter barreiras. Líderes precisam ser intencionais ao se referir a identidade, raça, gênero, acessibilidade e origens.

As microagressões também foram discutidas com profundidade. Nem sempre são intencionais — mas sempre são nocivas. Interromper alguém, errar nomes, supor estruturas familiares ou excluir de eventos pode parecer pequeno para quem faz — mas é acumulativo para quem vive.

O momento mais marcante foi este: Respeito não é algo que declaramos — é algo que os outros sentem. Não somos nós que decidimos se um ambiente é seguro. É quem vive nele. Precisamos perguntar. Escutar. E, quando alguém diz que algo doeu, responder com humildade — não com justificativa.

Trabalhar por equidade não é consertar o que está errado. É construir cultura com intenção. É perguntar quem está no centro, quem está sendo silenciado, e quem está sendo sobrecarregado para que as coisas funcionem.

# Lembrete de liderança da semana
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